terça-feira, 1 de agosto de 2017

Do consumismo ao minimalismo

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Nunca fui uma pessoa muito consumista, até porque fui educada  desde bem nova a poupar.
Aos meus pais devo essa educação, essas boas práticas, embora eu hoje os critique em parte porque se privaram de certas coisas, não por falta de dinheiro (Graças a Deus!),  mas porque sempre acharam que podiam viver bem com pouco. Na minha opinião, acho que poderiam ter vivido ainda melhor, poderiam ter viajado mais, conhecido outros países, outras culturas, mas nunca quiseram. Agora, infelizmente, a idade e a saúde já não lhes permite essas aventuras.
A verdade é que têm sido felizes, há mais de 50 anos casados, levando uma vida simples, sem passar dificuldades, é verdade, apenas com os bens materiais essenciais. Nada de comprar por comprar! Só se compra o que é preciso, dizem! Sempre assim foi e nada os mudará.
A sociedade de hoje  tem hábitos cada vez mais consumistas e o valor que dá aos bens materiais é cada vez menor.
A oferta atualmente é enorme comparativamente à de há 20 ou 30 anos atrás. Ainda me lembro da dificuldade que tive, quando fui viver para a minha casa, há cerca de 30 anos, em comprar certos objetos para a cozinha, roupa de cama, artigos de decoração, etc. Havia tão pouca oferta! Cheguei a ir à Feira de Espinho comprar certos objetos, porque era mais barato e, em Coimbra, havia mas era muito mais caro.
Outros tempos mesmo!
Hoje, a oferta é imensa, o preço é muito baixo e a qualidade também baixou, como é óbvio!
Infelizmente, a sociedade não soube gerir essa oferta e passou a comprar, comprar, mesmo sem necessidade. Compra porque é bonito e barato, não porque precise.
Há uns anos atrás, comecei a sentir que estava a ficar contagiada por esse consumismo e passei a fazer compras muito mais conscientes. Além disso, passei a ter práticas muito mais minimalistas.
A verdade é que, hoje consigo entrar numa loja e sair sem comprar nada. Só compro o que realmente necessito.
Passei de consumista a minimalista e tenho muito orgulho nisso.
A sensação ao chegar a casa sem compras é fantástica. E melhor ainda, não gastei dinheiro nem tenho a preocupação de arranjar um espaço extra para nada.
Foi das minhas melhores mudanças nos últimos tempos que, espero, venha a influenciar as minhas filhas, evitando que caiam nas armadilhas do consumismo.





1 comentário:

  1. Também penso assim, com a idade pensamos mais e valorizamos o que é realmente importante e faz falta.

    Isabel

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