segunda-feira, 9 de maio de 2016

Como me organizo...


Nos dias de hoje, a vida exige de nós um sem número de responsabilidades e compromissos cada vez maior. Se não houver um mínimo de organização, alguma coisa fica para trás. Organização e definição de prioridades, é muito importante.
É essencial conseguirmos distinguir o que é mais importante para nós, o que nos faz bem e o que é secundário.
Foco no que é mais importante é, sem dúvida, imprescindível.
Hoje vou falar-vos um pouco sobre mim e sobre a forma como me organizo no dia-a-dia.
Como sabem, sou casada, tenho duas filhas, uma já casada, dois cães, dois gatos e um coelho. Não tenho empregada e trabalho 8 horas por dia, a cerca de 15km de casa.
Como eu, há imensas mulheres que, ao longo do dia, se desdobram em várias funções, pessoais e profissionais, e sabem bem do que estou a falar.
Não é fácil, como imaginam e, acreditem, há dias em que apetece chegar a casa e sentar no sofá ou tomar banho e ir para a cama. Mas, claro, isso é impossível. Há refeições para fazer, roupas para cuidar, casa para limpar, compras para fazer, etc.
Como me organizo, então, para conseguir, de vez em quando, ter momentos de pausa, de relax, sem me sentir culpada?
1. Sou a primeira a levantar-me todos os dias (entre as 6h30 e as 6h45);
2. Trato dos animais em primeiro lugar, ponho música alegre e tiro alguma coisa do congelador para o jantar (normalmente não almoçamos em casa ou, quando almoçamos, é feito na véspera);
2. Tomo banho, preparo-me e arrumo o quarto em seguida;
3. Já todos na cozinha, tomamos o pequeno-almoço juntos;
4. Depois de arrumar a cozinha, retiro o lixo, se houver, e saímos juntos de casa com destino ao trabalho/escola;
5. No trabalho, foco-me nele e nas tarefas que me estão destinadas;
6. Na hora do almoço aproveito, muitas vezes, para ler ou para fazer compras na baixa;
7. Já em casa, voltamos à rotina doméstica. Trato dos animais, que já estão à porta à minha espera e, em seguida, vejo se há roupa para lavar e adianto essa tarefa. Começo a preparar o jantar e, entretanto, vou fazer uma visita aos meus pais, já com uma certa idade, e que adoram ser mimados todos os dias, nem que sejam apenas 15 minutos. Tenho a sorte de viver próximo deles, caso contrário, isso não seria possível. Enquanto lá estou, aproveito e petisco qualquer coisa com eles;
8. O jantar, quase sempre em casa, também é sempre em família. Esperamos sempre uns pelos outros, quando não chegamos a casa à mesma hora;
9. Depois do jantar, de arrumar a cozinha e de dar um jeito na ordem de algumas coisas em casa, é tempo de programar o dia seguinte, ler, escrever e namorar;
10. As compras habituais da casa são feitas, normalmente ao sábado, assim como as limpezas da casa, mais em pormenor. O meu marido também costuma dar uma ajuda mas existem coisas que gosto de ser eu mesma a fazer;
11. O sábado é, portanto, dedicado a esse tipo de tarefas relacionadas com a casa; o domingo é, sempre que possível, aproveitado para descansar e passear em família, sendo que, por vezes, ainda há roupa para cuidar e, claro, a comida para fazer (raramente vamos comer fora).
E é assim que me organizo.
Tenho um trabalho de que gosto muito, mas a minha prioridade é a minha família e o meu bem-estar. Foi, por essa razão, que decidi casar e ter filhos.
Por norma, não levo trabalho para casa, excepto em situações muito urgentes e especiais.
Sempre fui a gestora do meu lar e faço-o por opção e com muito gosto.
A família tem sido o meu pilar, nas situações menos boas da minha vida, pessoais e profissionais. Por isso, só podia ser a minha prioridade.
Tudo o que faço, faço-o em função da família.

4 comentários:

  1. Muito obrigada pela partilha! Posso só perguntar como geria/organizava a sua vida quando as suas meninas eram bébés? Contava com a ajuda do marido?

    Tenho 2 crianças, 1 delas ainda bébé e o marido vem tardísso! Sozinha vejo-me à rasca para organizar a minha vida e sinto-me esgotada…

    Beijinhos,
    Carla Silva

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Cara Carla Silva
      Muito obrigada pelo seu comentário.
      Tenho todo o gosto em responder à sua questão.
      Infelizmente, quando as minhas filhas eram bebés, e até elas serem mais crescidas, não pude contar com a ajuda do meu marido, sobretudo durante a semana. Era militar de carreira e estava deslocado a muitos km de casa.
      Por essa razão, durante vários anos fui mãe e pai ao mesmo tempo.
      Reconheço que foram tempos muito difíceis, principalmente da 1ª filha. Cheguei a ter de fazer as coisas enquanto ela dormia. Eu era estudante no ensino superior ainda e, portanto, não tive direito a licença de maternidade. Não tinha carro, o que me obrigava a ir de autocarro todos os dias, com ela ao colo e com os acessórios dela e os meus. Enfim...foi difícil, mas sobrevivi, graças a muito esforço e força de vontade.
      Quanto tive a 2ª filha, oito anos depois, continuava sozinha com elas durante a semana e só ao fim-de-semana podia contar com a ajuda do marido.
      A mais velha já ia ajudando e assim foi. Muita dedicação e muito trabalho.
      Hoje a mais velha tem 25 e a mais nova tem 17, e eu sinto-me uma mulher realizada.
      Os filhos merecem qualquer sacrifício.

      Beijinhos.

      Eliminar
  2. Olá! Manuela, não sei se se recorda de mim. Há uns meses partilhei consigo o mau estar/sofrimento que sentia.
    Na altura colocou-me uma questão, que nunca mais me saiu do pensamento: "não acredita na felicidade?".
    Hoje, consigo responder que havia já muito tempo que não acreditava.
    E sim a vida dos outros para mim era um teatro.
    Agora sinto-me melhor, mais motivada. E não posso deixar de lhe agradecer. A sua pergunta foi importante para mim.
    Hoje, continuo a pensar que a vida da maioria das pessoas é um teatro. Mas hoje também acredito que se pode ser feliz. Acredito também que a maioria das pessoas não sabe ser feliz.
    Eu estou a dar passinhos para ser feliz.
    Um grande beijinho.
    (Fiquei triste por ter comentado algumas vezes o seu blog e a Manuela nada dizia. Ficava com a sensação que não lia comentários, ou que para si não tinham importância. Mas sorri quando respondeu ao meu desabafo).
    Beijinho*

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Olá, bom dia Novembro!
      Fiquei muito feliz ao ler o seu comentário, sobretudo porque me diz que está melhor e se sente mais motivada.
      De facto, muitas vezes é necessário aprender a ser feliz. Há pessoas para quem o conceito de felicidade significa ter muito dinheiro, ter isto ter aquilo, ter tudo no fundo e para outras ser feliz significa sentir. E isso não depende de ninguém. Depende de cada um de nós. A vida dos outros a mim não interessa nada, o que os outros fazem ou o que os outros têm. Por isso, não faço comparações com ninguém. Por isso, eu acredito na felicidade, na minha felicidade e na da minha família. Trabalho muito, é uma verdade, mas também tenho os meus momentos de lazer. Se acompanha o blogue têm dado conta disso mesmo. E mesmo no fim de um longo dia de trabalho, existe felicidade no meu interior. Como costumo dizer "cansada mas feliz", com aquela sensação de dever cumprido. Um beijinho grande. Ah, outra coisa, peço desculpa se nem sempre respondi aos seus comentários. Não foi desinteresse, de forma nenhuma, foi mesmo esquecimento. Os comentários dos meus leitores e das minhas leitoras são muito importantes. Beijinhos e bom domingo!

      Eliminar

Publicação em destaque

A bênção de ser feliz com pouco...